5 motivos para ver o ETCC

Falar apenas do WTCC é injusto pois os pilotos e as equipas do ETCC colocam muito esforço e muito trabalho na participação no europeu de turismos. Assim sendo faz sentido olhar para a competição com atenção e escolher 5, dos muitos motivos para ver as corridas do ETCC

 

1 # – Vila Real

Não faz sentido ser de outra forma… Vila Real é sempre o motivo principal para ver as corridas e os argumentos que apontamos neste texto aplicam-se igualmente aqui.

during the 2016 FIA WTCC World Touring Car Championship race of Portugal, Vila Real from July 24 to 26 – Photo Jorge Cunha / DPPI

 

2# – Fábio Mota

O piloto português está na sua segunda época no ETCC. Depois de um primeiro ano onde procurou referências e tentou adaptar-se a uma nova realidade, 2017 tem como principal objectivo a afirmação. O início foi complicado, com o piloto e a equipa a tentar encontrar a forma mais eficiente de trabalhar, o que nem sempre é fácil, uma vez que Mota usa agora staff de duas estruturas. Aos poucos os resultados vão melhorando e a ronda alemã mostrou que Mota pode ser competitivo e estar na luta por lugares no pódio. Em Vila Real, joga uma cartada decisiva no campeonato mas tem o “factor casa” a seu favor. É um piloto muito apreciado pelo público local e o conhecimento que tem da pista é um trunfo valioso numa pista tão exigente como esta. Em 2016 Mota teve um fim-de-semana duro… Uma falha nos travões arruinou-lhe a qualificação, na corrida 1 arriscou e a sorte não esteve do seu lado e na corrida 2, com um carro acabado de reparar em tempo recorde e sem a afinação ideal, mostrou que tinha andamento para chegar ao pódio. Mota não venceu e foi ofuscado pelo brilhante desempenho de Manuel Pedro Fernandes mas o seu esforço merecia mais destaque, por todas as adversidades que enfrentou, sem nunca atirar a toalha ao chão. Foi um bravo e este ano vem tentar conquistar o que lhe escapou no ano passado. Fábio Mota mostrou que tem capacidade mais que suficiente para ser feliz em Vila Real. Se tiver um fim de semana positivo, poderá relançar a época e quem sabe apontar a voos mais altos.

3# – José Rodrigues

Começou a dar nas vistas no Troféu Abarth e em 2016 estreou-se no TCR Portugal ao volante de um Honda Civic, da JAS. Lutou por vitórias até ao final do campeonato e mostrou capacidade por lutar pelo título nacional. No entanto o piloto optou por um rumo diferente em 2017, apostando no competitivo ADAC TCR Germany, um campeonato com quase 40 participantes. Um salto ambicioso mas que até agora tem corrido muito bem para o piloto bracarense, que tem mostrado competitividade e excelente andamento, estando regularmente no top 10. Rodrigues está a mostrar a sua qualidade lá fora mas não resistiu ao chamamento de Vila Real, optando por estrear-se no ETCC, numa pista que também conhece e onde foi feliz no ano passado. É mais um português com máquina e capacidade para dar alegrias aos fãs. Os Honda Civic TCR têm sido dos carros mais capazes em 2017 e na pista de Vila Real poderá ser um trunfo importante para Rodrigues. E um piloto que no seu calendário tem pistas como Red Bull Ring, Zandvoort, Nûrburgring e Hockenheim, mas que mesmo assim não resiste ao chamamento de Vila Real, é um sinal inequívoco que o traçado transmontano é especial tanto para quem vê as corridas como para quem corre. Vem para mostrar serviço e podemos contar com ele na luta pelos primeiros lugares.

#4 – A luta pelo título.

Por muito orgulho que tenhamos nos nossos bravos pilotos, não nos podemos esquecer que há um título em jogo e que há pilotos com muita vontade de o conquistar. Schrieber está em grande forma e não fossem os problemas na ronda alemã, estaria com uma vantagem bem agradável na frente do campeonato. Assim, está sob pressão de Petr Fulin, o crónico candidato ao título e que no ano passado acabou com os mesmos pontos que o campeão! Este ano Fulin continua com uma estrutura fortíssima mas Schreiber tem mostrado muita qualidade e os Civic da Rikli Motorsport são máquinas temíveis. Fulin corre sozinho e Schreiber tem agora a ajuda de Peter Rikli, piloto/ dono da equipa e que faz obviamente questão de ajudar o seu piloto a chegar à glória final, já que dificilmente conseguirá ele próprio chegar ao título. Stefanovski não teve uma época muito positiva em 2016, mas este ano parece com um Leon novinho e com motivação renovada, mais ainda depois da vitória em Nurburgring. Não podemos esquecer ainda Norbert Nagy que está ainda em posição de tentar chegar aos lugares cimeiros e que quererá vingar o resultado do ano passado, em que obteve a pole mas não conseguiu suster a pressão de Manuel Pedro Fernandes perdendo a oportunidade de vencer na pista portuguesa.

#5 – Possíveis surpresas na lista de inscritos

A vontade de correr em Vila Real é grande e o ETCC oferece a oportunidade aos pilotos nacionais de se mostrarem num campeonato internacional, que serve de prova de apoio a um  campeonato mundial. No início da semana Fábio Mota dizia-nos que havia a possibilidade de um 3º piloto entrar na lista de inscritos para a prova portuguesa. Até hoje ainda não temos qualquer confirmação mas até ao último minuto poderão haver surpresas. E se as cores nacionais já estão muito bem representadas com Fábio Mota e José Rodrigues, se um 3º nome surgir, aumentarão as hipóteses de termos a bandeira portuguesa nos pódios. E se isso acontecer, já sonhamos com um pódio 100% português. Até teremos de esperar para ver se isso se materializa.

 

 

Fábio Mendes

Chicane Motores / Purple Profile – New Media Agency

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