WTCC : Corrida da Alemanha:  Análises finais

O Inferno Verde foi pouco hospitaleiro para os pilotos do WTCC. Se no ano passado a estreia do circuito correu de forma  positiva e todos saíram relativamente contentes, este ano a pista mostrou o porquê de ser considerada a mais difícil do mundo. O bi-campeão saiu com a liderança reforçada e a concorrência directa ficou mais longe.

 

Citroën: Pechito à prova de azares

Todos sabem que para ser campeão é preciso também ter sorte… ou pelo menos evitar os azares. Jose Maria Lopez saiu da Alemanha com 2 vitórias no bolso e uma vantagem confortável para o 2º classificado. Na qualificação foi Rei e Senhor batendo o recorde de pista do ano passado com uma volta fantástica. Na corrida 1, talvez um dos momentos que vai definir o resto do campeonato, teve a sorte de ver os adversários que seguiam à sua frente a desistir um por um, até ao acidente de Monteiro que levou Muller também e por sorte não o levou a ele. O argentino ficou com a via aberta para uma vitória fácil e pouco festejada, por respeito aos colegas com menos sorte. A classe dos campeões também se vê aí. Na 2ª corrida, com alguns dos principais concorrentes de fora devido aos acidentes da corrida 1, foi apenas confirmar o que todos esperavam. Merecido? Sem dúvida. Já Muller continua numa fase não e o azar também lhe pregou uma partida. Foi mais uma vez mais lento que Pechito mas podia segurar com facilidade o 2º lugar na corrida 1 que lhe daria um ânimo extra. Acabou nas barreiras mais um fim de semana longe dos resultados a que o francês nos habituou.

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Honda: Salvou-se Michelisz

Esperávamos que a Honda tivesse uma prestação mais forte mas as circunstâncias não ajudaram. Huff bateu na sexta e teve de largar da última posição do grid por troca de motor, conseguindo no entanto excelentes recuperações, Monteiro conseguiu a pole para a corrida 1 mas o acidente na volta final estragou-lhe em demasia as contas do campeonato e Michelisz fez a melhor operação do fim de semana para a Honda com 2 pódios em duas corridas. Huff e Michelisz encurtaram distâncias para os primeiros lugares na geral, estando Huff a 2 pontos de Monteiro e Michelisz a 4. Não foi um mau fim de semana para a Honda, mas esteve longe de ser o resultado que mais desejavam. Monteiro provou que o Civic era capaz de aguentar os C-Elysée. O maldito pneu roubou uma vitória ao português.

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Lada: O especialista não se evidenciou

Catsburg é o piloto + da Lada neste momento. É o melhor colocado no campeonato e tem sido aquele que melhor resultados tem trazido à equipa. Esperava-se que a experiência que tem do Nordshleife lhe trouxesse alguma vantagem mas os arranques menos conseguidos complicaram a vida ao piloto que na corrida 1 apenas foi 9º. Teve uma prestação muito semelhante à de Valente que desta vez não errou e fez duas corridas positivas. Tarquini é que parece não gostar muito do traçado e o seu rendimento ressentiu-se disso. Foi o piloto que mais pressão fez para que não se corresse a 2ª corrida no traçado de 25km sem sucesso.

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Volvo: O motor ainda não está no ponto

Os problemas de fiabilidade voltaram a atormentar a equipa sueca. O motor de Ekblom teve problemas na qualificação e na corrida foi a vez de Bjork deitar fora um possível pódio também com problemas técnicos. Ambos os pilotos tiveram prestações positivas e a luta que encetaram com os homens da Lada na corrida 2 foi boa de se seguir, mas falta ainda fiabilidade para que o S60 TC1 possa evoluir mais. Se assim fosse o pódio na corrida 1 para Bjork poderia ter mesmo acontecido. Já não é a primeira vez que o piloto podia ter conseguido o primeiro top3 para a Volvo mas a sorte também não tem ajudado muito.

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Privados: Chilton arrasou a concorrência

Pensava-se que seria Coronel a fazer o melhor resultado mas um furo na corrida 1 estragou tudo. Quem aproveitou e de que maneira foi Chilton que subiu ao pódio por 2 vezes fazendo um fim de semana a milhas do que fez o companheiro de equipa Benanni que ainda assim conseguiu ficar em 5º lugar nas duas corridas o que dificilmente pode ser considerado mau. Tirando Sabine Schimtz que voltou a pontuar este ano com o 10º lugar na corrida 1, foram os únicos privados que se conseguiram mostrar em bom nível.

 

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Os pneus: podia ter corrido muito pior

Foi um fim de semana para esquecer. A Yokohama ficou muito mal na fotografia e os furos sucederam-se a uma velocidade vertiginosa e pouco recomendável num traçado deste género. O fabricante de pneus terá de rever a construção dos pneus para 2017, caso o WTCC regresse a Nurburgring (depois dos acidentes do fim de semana, os pilotos e equipas poderão começar a repensar se gostam assim tanto da ideia do competir no Ring). Foi mau mas podia ter sido muito pior caso os acidentes se dessem noutras zonas.

 

Fábio Mendes

Chicane Motores para o CIVR

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