Entrevista CIVR a Norbert Michelisz

Norbert Michelisz é um dos melhores pilotos do WTCC. O hungaro veio do mundo dos simuladores para as pistas reais e desde que chegou ao WTCC tem crescido de forma sustentada mas mostrando sempre muita qualidade. Este ano deu o passo que lhe faltava, sendo chamado para fazer parte da equipa oficial da Honda, depois de ter vencido o campeonato de privados em 2015. Tem 4 vitórias e 24 pódios em seu nome e promete não ficar por aqui. Em Vila Real, “Norbi” mostrou o seu talento e esteve em grande, adaptando-se rapidamente a um traçado muito exigente. Enviamos algumas perguntas ao piloto que amavelmente nos respondeu. Eis o resultado:

 

Acha que foram os seus bons resultados em 2014 e 2015 que permitiram que se tornasse piloto de fábrica da Honda? Era o seu grande objectivo, ou apenas se concentrou em fazer o melhor e ver o que aconteceria?

Desde que comecei a correr, meu objectivo sempre foi ganhar. Isso não muda. E se não podemos ganhar, fazemos o melhor possível, mesmo que isso signifique terminar segundo, ou ganhar o troféu WTCC, ou recuperar alguns bons pontos de uma posição inicial baixa. Para ter mais hipóteses de vencer é preciso estar na melhor equipa com o melhor carro, por isso sim, havia esse objectivo mas penso que funciona da mesma maneira para todos os pilotos. Uma equipa como a Honda, com tanto sucesso no automobilismo, quer sempre os melhores pilotos disponíveis e estou muito orgulhoso por ter sido escolhido para ser piloto Honda ao lado de Rob Huff e Tiago Monteiro. Embora estivesse na Zengo Motorsport no ano passado, também estava envolvido no programa de teste da JAS Motorsport para a Honda, por isso conhecia os engenheiros, os mecânicos todos e eles puderam conhecer o meu potencial e penso que isso ajudou também.

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Quais são as maiores diferenças entre uma equipa de fábrica e uma equipa privada? Vemos muitos privados com dificuldades por falta de recursos. Sente essa diferença , agora que já viu ambos os lados ?

Quando se está com uma equipa oficial, a grande diferença está nas pessoas com quem se trabalha e os recursos das equipas têm para trazer os melhores. Geralmente têm mais experiência e podem resolver problemas muito rapidamente e aprendemos muito com eles. Um orçamento maior também ajuda a trazer mais componentes e fazer mais testes, o que significa que podemos estar muito bem preparados para o inicio da época.

 

Quais são seus objetivos para 2016 ?

Desde que comecei a correr com um Honda,  sempre terminei entre os seis primeiros no campeonato e venci corridas, por isso penso que posso dar um passo em frente este ano, agora que estou numa equipa oficial. Realisticamente, o objectivo é ser uma ameaça mais consistente por vitórias e pódios. Na verdade, tenho uma nova mentalidade para este ano, porque agora estou numa equipa de topo e acabei por me esforçar ainda mais em busca de melhorias no meu próprio desempenho. Levei mesmo um portátil para a minha lua de mel durante o inverno para estudar os dados do carro – minha esposa não ficou muito contente!

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Qual é a sua pista preferida do calendário WTCC?

Se falamos de pistas permanentes, então Nurburgring não tem igual. 26 km é o maior desafio no WTCC. Comprei o circuito para um simulador de corrida online que costumo jogar  e agora conheço bem a pista. Se falamos da atmosfera em volta do evento, nada se compara a minha corrida em casa na Hungria. O apoio é simplesmente incrível.

 

Teve um grande fim de semana em Vila Real e pareceu adaptar-se muito bem à pista. O que o fez gostar assim tanto da pista?

É um verdadeiro circuito citadino e eu gosto disso. Temos de dar o máximo em cada volta, mas também temos de ser precisos pois os erros pagam-se caro porque as protecções estão muito próximas. É uma pista que favorece quem toma riscos calculados, o que gosto e se adequa ao meu estilo de corrida.

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Como avalia o formato MAC3?

É interessante. Falando após as primeiras provas, é óbvio que diferentes pistas exigem estratégias diferentes. Num citadino como Vila Real, será importante não ficar muito perto dos nossos companheiros de equipa, pois o risco de um acidente é muito alto. Vai obrigar-nos a trabalhar ainda mais como uma equipa.

 

Agradecemos a Michelisz ( e ao Jamie O’Leary) e esperamos pela visita da Honda nos  dias 24, 25 e 26 de Junho em Vila Real.

Chicane Motores para o CIVR

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